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Chevrolet 3100 1963, Brasil

  • Foto do escritor: Fotografia e Nostalgia
    Fotografia e Nostalgia
  • 13 de ago.
  • 3 min de leitura
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Chevrolet 3100 1963, Brasil

Fotografia


A General Motors acaba de completar 100 anos de atividade no Brasil. O sucesso do fabricante norte-americano em nosso mercado foi alicerçado na reputação de seus utilitários. Foi nesse contexto que, em 1958, a filial brasileira apresentou seu primeiro modelo genuinamente nacional: a família Chevrolet 3100.

Sua história começa em junho de 1947, quando a Chevrolet norte-americana apresentou os utilitários Advance Design, já como modelos 1948. A menor e mais leve das picapes era o modelo 3104, mais tarde montada em São Caetano do Sul (SP). Impulsionada pelo tradicional motor de seis cilindros, fez muito sucesso por aqui e ganhou o apelido de “boca de sapo”.

A picape era tão popular que permaneceu sem alterações significativas até o modelo 1954. Foi sucedida pela série Task Force em meados de 1955: o para-brisa envolvente, a grade dianteira e o painel em formato de leque eram claras referências aos automóveis de passeio da marca. Desta vez a picape foi apelidada de Martha Rocha, a Miss Brasil de 1954.

Em 1956, o Geia (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) aprovou o plano de nacionalização dos utilitários Chevrolet: em 1958 era produzido o primeiro caminhão, com 44% de componentes nacionalizados e em julho surge a picape 3104, ainda com motor Thriftmaster de seis cilindros e 3,9 litros importado dos EUA.

O desenho da família 3100 nacional era exclusivo para o Brasil: grosso modo era uma amálgama da Advanced Design com a Task Force, com elementos de estilo próprios. Um de seus detalhes mais intrigantes era o mapa do Brasil inserido no logotipo da marca: reza a lenda que o presidente da GM do Brasil viajou aos EUA e quando retornou foi surpreendido com o logotipo alterado. Verdade ou não, o fato é que a gravatinha ufanista lhe rendeu o apelido de Chevrolet Brasil.

O mesmo apelido foi dado ao motor Jobmaster de seis cilindros e 4,3 litros adotado em 1958. Produzido em São José dos Campos (SP), ele era mais potente (142 cv) e permitiu o aumento da capacidade de carga para 735 kg. A tração era traseira e sua força era transmitida às rodas de trás por um câmbio de três marchas.

Com exceção do V8, a concepção mecânica da família 3100 era similar à da concorrente Ford F-100: chassi tipo escada apoiado em eixos rígidos suspensos por molas semielípticas. Não havia assistência para a direção e nem para os freios: estes tinham circuito hidráulico simples e tambores nas quatro rodas. Além da 3104, a GM passou a oferecer mais duas variações. A 3103 era a picape sem caçamba de aço, pronta para receber uma caçamba de madeira ou baú. Por sua vez, a 3112 era uma picape sem caçamba, com meio teto e parte posterior da cabine aberta: era destinada a encarroçadores independentes.

A família 3100 cresceu no modelo 1960: produzida em parceria com a Brasinca, a perua 3116 foi denominada Amazona e seus oito lugares fazem dela uma precursora dos utilitários esportivos. O acesso aos bancos traseiros era feito por uma terceira porta no lado direito, coisa que a similar norte-americana Suburban teria apenas em 1967.

Destinado ao uso comercial, o modelo 3105 recebeu a denominação de Corisco: era basicamente uma Amazona sem a terceira porta e sem vidros laterais. O acesso ao compartimento de carga era feito por duas portas traseiras basculantes. A terceira porta seria vista novamente no modelo 3114: a Chevrolet Alvorada foi nossa primeira picape com cabine dupla.

A última fase das picapes 3100 foi marcada pela reestilização no final de 1962, que trouxe uma nova grade, quatro faróis, teto redesenhado e vidros traseiros envolventes. Produzidas até meados de 1964, as picapes 3100 foram sucedidas pela família C-14, que manteve o desenho exclusivo para o Brasil em uma carroceria bem mais baixa.

Ficha técnica Chevrolet 3100 1963:

Motor: longitudinal, 6 cilindros em linha, 4.271 cm³, 2 válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no bloco, alimentação por carburador de corpo simples;

Potência: 142 cv a 4.000 rpm;

Torque: 31,7 kgfm a 2.000 rpm;

Câmbio: manual, 3 marchas, traseira;

Carroceria: fechada, 2 portas, 3 lugares;

Dimensões: compr. 497 cm, larg. 201 cm, alt. 196 cm, entre-eixos 305 cm, peso 1.750 kgs;

Pneus: 6,50 x16. Texto de Felipe Bitu / Quatro Rodas.

Nota do blog: Data 2025 / Crédito para Alexandre Battibugli.


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