Praça Coronel Paulino Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil

Praça Coronel Paulino Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil

São Carlos - SP

Fotografia

A Praça Coronel Paulino Carlos, localizada em frente à Catedral de São Carlos Borromeu, é rica em referências sobre a memória da cidade. Seu nome foi herdado de um proeminente político de São Carlos, atuante nas primeiras décadas da República, e pertencente à família Arruda Botelho, de grande influência na cidade. Na praça podem ser vistos ainda o busto de Bento Carlos de Arruda Botelho e a estátua do Conde do Pinhal, Antônio Carlos de Arruda Botelho, em frente ao Palacete Conde do Pinhal (no passado, residência urbana do Conde).

Em 1895, a área foi inaugurada como Jardim Público, um ponto de lazer para a sociedade são-carlense, com árvores e flores bem cuidadas, além de um coreto (que ocupou, até o final dos anos 30, o lugar onde hoje há a fonte luminosa). São peças remanescentes desse período o quiosque localizado junto à rua Alexandrina – que era utilizado para a venda de refrescos, e onde foi afixada uma placa de mármore em homenagem a Anita Garibaldi, oferecida, em 1910, pela comunidade italiana à cidade – e o chafariz existente em frente ao antigo portão de entrada do jardim.

Em 1910, o intendente Bellarmino Indalécio de Souza doou o chafariz para a decoração da praça, o que agradou várias gerações de são-carlenses. A peça em mármore era símbolo do gosto da época e elemento primaz nas lembranças da infância, de casais de namorados e dos passantes (segundo Ary Pinto das Neves, o chafariz é contemporâneo do quiosque instalado na praça, ambos datando de 1900 e sendo benefícios implementados pelo intendente Bellarmino Indalécio no Jardim Público).

A Praça Paulino Carlos tem outros monumentos que marcam momentos da história de São Carlos: a placa que relembra a visita dos reis da Bélgica à cidade em 1920 – o evento foi registrado através da placa comemorativa dos 50 anos do Rotary Internacional, em 1955 – e o obelisco comemorativo do centenário de São Carlos, erigido em 1957.

Um último monumento, no centro da praça, guarda as cinzas de um casal de poetas são-carlenses. Clóvis Pacheco (morto em 1983) e Cecília Campos Pacheco (morta em 1993), o que reafirma o papel da praça como espaço privilegiado de lembrança.

Em 2004, através de várias iniciativas, públicas e privadas, a Praça Paulino Carlos foi submetida a um processo de recuperação, quando a fonte luminosa foi reformada e colocada em funcionamento, os jardins tratados e o quiosque recuperado.

Em 2005, por iniciativa da Prefeitura Municipal de São Carlos, intermediado pela Fundação Pró-Memória, foi realizado o restauro e recuperação da funcionalidade do chafariz da Praça Paulino Carlos, contando com a experiência em restauro de um profissional e intensiva pesquisa histórica. Texto de Leila Maria Massarão.

Nota do blog 1: Embora seja a principal praça da cidade em importância histórica, a Paulino Carlos não está em boa condição de conservação. Ela necessita de manutenção, limpeza, jardinagem e segurança. Grande parte de suas atrações estão, infelizmente, vandalizadas/degradadas.

Nota do blog 2: Data 2025 / Crédito para Jaf.