Imóvel comercial, Rua Francisco Augusto Nunes, Jardim Novo Mundo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
- Fotografia e Nostalgia

- 25 de mai.
- 3 min de leitura

Imóvel comercial, Rua Francisco Augusto Nunes, Jardim Novo Mundo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia
Esse é outro imóvel que conheço há muito tempo e tenho uma história curiosa para relatar, motivo de ter tirado a presente foto. Ele já abrigou vários comércios, inclusive uma igreja evangélica que não lembro a denominação. Não sei porque, parece que nada prospera naquele imóvel, tendo todas as iniciativas que acompanhei não dado certo (no momento ele está vazio, não sei dizer se disponível para aluguel).
Dito isso, vamos a história:
Eu estava limpando uma área de minha propriedade em frente e só acabei de noite. Quando terminei, estava sujo e cansado, e resolvi sentar na mureta da área para tomar água e descansar.
Naquele momento estava acontecendo um culto na igreja evangélica que, na época, alugava o pequeno salão, que fica bem em frente a minha área.
Estava na hora do canto de músicas religiosas e, do nada, saiu um rapaz de lá e veio em minha direção.
Vestido com o indefectível traje padrão dessas ocasiões (camisa branca, gravata, calça social e sapato), após me dar boa noite e perguntar o meu nome, soltou:
-Você sabe ler?
Inicialmente fiquei meio chocado com a pergunta mas, em um segundo momento, achei graça e resolvi interagir:
-Um pouco, se não for muito difícil, acho que dá!
Minha resposta animou o rapaz, que sacou do bolso um daqueles folhetos que usam para atrair novas ovelhas para o rebanho da igreja, e disse:
-Tome, aqui tem boas histórias para você aprender! Se quiser vir no próximo culto, fique a vontade, você é bem-vindo!
Agradeci o convite, disse que depois leria o folheto, e o rapaz voltou para seu culto.
Certo é que nunca fui ao culto daquela igreja e, por motivos que não sei dizer, a própria igreja acabou não dando certo, encerrando suas atividades no local, que logo foi ocupado por outra atividade (paradoxalmente, capoeira, uma atividade que, por preconceito, não é benquista por grande parte dos evangélicos). Sobre não ter ido no culto, não sei dizer porque não fui, não houve uma razão específica, provavelmente não me interessou na época.
Continuando, fui criado por minha mãe nos preceitos católicos, mas faço parte daquele enorme contingente chamado "católico não praticante". E acho esse termo bem paradoxal, tipo você faz parte de algo mas não pratica frequentemente, apenas em momentos específicos ou sociais (missas, casamentos, batizados, etc).
Sem dúvida hipocrisia, mas, ao menos no meu caso, sem maldade. Gosto de pensar que contribuo melhor da minha maneira, que é fotografando igrejas pelo mundo, onde quer que eu esteja, e publicando essas fotos em redes sociais e blogs, para que as pessoas tenham conhecimento de sua existência e beleza. E me sinto tão bem fazendo isso que, talvez, ao menos na minha cabeça, seja essa minha missão como católico...
Quase esqueci 1: O fato de ser católico não me impede de fotografar ou frequentar qualquer tipo de igreja, templo, centro, terreiro. Já estive em evangélicas, ortodoxas, espíritas, umbanda, candomblé, islâmicas, budistas, etc. Para mim, em última análise, todas buscam a paz entre as pessoas, motivo suficiente para serem prestigiadas, ao menos na minha opinião!
Quase esqueci 2: O motivo de ter escrito o post é simples: recentemente encontrei em minhas coisas o folheto que o rapaz me deu naquele dia. E assim não teve jeito: foto e texto para registrar aquele momento!
Localizado na rua Francisco Augusto Nunes, 843.
Nota do blog: Data 2025 / Crédito para Jaf.



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