Ginásio Poliesportivo Pedro Morilla Fuentes / Pedrocão, Franca, São Paulo, Brasil
- Fotografia e Nostalgia

- 18 de set.
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Ginásio Poliesportivo Pedro Morilla Fuentes / Pedrocão, Franca, São Paulo, Brasil
Franca - SP
Fotografia
Texto 1:
O Ginásio, com capacidade para 7.000 espectadores, leva o nome do professor Pedro Morila Fuentes, o “Pedrocão”, um incentivador do basquete na cidade e o primeiro treinador da equipe de Franca.
O Ginásio Poliesportivo de Franca teve seu projeto inicial em 1973, na gestão do prefeito Dr. José Lancha Filho. Em 19 de janeiro de 1975, na abertura do XXXIX Jogos Abertos do Interior, foi oficialmente inaugurado. A capacidade do ginásio era 3.500 pessoas e na época a cidade era representada pelo Amazonas Franca.
Em 07 de setembro de 1996, foi reinaugurado com a capacidade ampliada para 8.000 pessoas, e já com a atual nome Franca Basquetebol Clube. Até esta data era chamado apenas de Poliesportivo de Franca, só a partir desta data é que recebeu seu nome atual, passando a homenagear o grande incentivador do basquete francano Pedro Morilla Fuentes. Trecho de texto da Wikimapia.
Texto 2:
Pedro Murilla Fuentes foi o homem que mudou a história de uma pacata cidade do interior de São Paulo, dedicada a produção cafeeira e a fabricação de calçados, ajudando-a a se tornar a capital do basquete brasileiro.
Pedroca, foi como ficou conhecido entre os francanos.
Nascido em São Paulo em 1929 e descendente de espanhóis, cursou educação física na USP, onde conheceu Vitório Bartocci, um jogador de futebol da Francana, e o professor Artur Ewbank. Esses dois francanos passaram a influenciar o jovem professor, falando sobre o apego que a cidade de Franca tinha pelos esportes. Assim, Pedroca chegou a Franca como professor de educação física do IEETC, motivado e curioso, sem saber que tornar-se-ia o pai do basquete, na cidade do basquete.
Muito dedicado e observador, Pedroca fez curso intensivo de técnicas de basquete em São Paulo e depois disso não parou. Participou de diversas clínicas de especialização em países como Espanha, Portugal, Iugoslávia, Itália e Argentina.
Hélio Rubens, que sempre teve Pedroca como técnico, define sua filosofia de trabalho – “Era um visionário. Ninguém entendia quando ele falava que não era para deixar o jogador adversário pensar e que o basquete não se resumia a saltar e correr. Hoje é o conceito mais moderno de basquete, já que quem não pensa, faz no improviso e está mais sujeito a erros. Marcar a linha de passe, marcação mista – utilizar simultaneamente a marcação por zona com a individual eram coisas que Pedroca já fazia há mais de 40 anos.“
Pedroca esteve, por diversas vezes, a serviço da seleção. Participou das Olimpíadas de 1972 em Munique, e 1980, em Moscou. Na primeira, foi assistente técnico do Kanela, e na segunda, auxiliar de Cláudio Mortari. Seu grande resultado foi a conquista do Panamericano de Cali, em 1971, quando era auxiliar do técnico Édson Bispo. Em sul-americanos, foi o técnico em dois vice-campeonatos e no título de 1971.
Como Franca nunca tinha nem os melhores jogadores, nem os melhores arremessadores, a saída encontrada por Pedroca foi desenvolver a defesa. Quarenta anos atrás, os meninos do "Seu Pedro" já faziam marcação dupla e da linha do passe, misturavam defesa por zona com individual e, enquanto a maioria das outras equipes usava apenas os três jogadores mais altos no rebote, Franca ia com todos, o que propiciava a saída de contra-ataque.
Para dar ênfase na velocidade, Pedroca começou a usar técnicas de atletismo nos treinamentos. Fazia os jogadores descerem e subirem os degraus da arquibancada, tanto de frente quanto de costa, além de carregar 10 quilos. Quando os francanos iam para a quadra, tinham uma impulsão absurda, além de uma resistência física de fazer inveja aos outros jogadores.
Ser o eterno técnico de basquete de franca (1951 a 1983) foi apenas uma faceta do Pedroca. Ele era, antes de qualquer coisa, um educador. Usava o esporte como meio social de formação e humanização. Falava a todos o que deveriam escutar e não o que gostariam.
Queria formar primeiro o homem e depois o atleta. Não se restringia ao basquete e se zangava com os pais que exigiam dele que tornasse seus filhos craques.
Tratava todo mundo com respeito. Chamava todos os alunos de senhor.
Hoje o ginásio de esportes de Franca leva seu nome, uma homenagem mais que merecida! Trecho de texto de Fabrício Freire Gomes adaptado para o blog.
Localizado na rua dos Pracinhas, 510.
Nota do blog: Data 2025 / Crédito para Jaf.



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