Casa da Memória Italiana, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
- Fotografia e Nostalgia

- 8 de out.
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Casa da Memória Italiana, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia
Construído entre 1923 e 1925, o imóvel que hoje abriga o Museu Casa da Memória Italiana foi residência do casal de imigrantes italianos Pedro Biagi e Eugenia Viel Biagi e seus filhos Elisa, Ida, Íris, Ângela e Osônia a partir de 1941. A fazendeira Joaquina Evarista Meirelles e seu filho Joaquim Machado de Souza, moradores e proprietários da Fazenda Santa Rita em Bonfim Paulista, assinaram a planta da casa, em 28 de maio de 1923, e investiram na sua construção.
A tipologia residencial carrega características arquitetônicas diretamente ligadas ao ideário burguês, anseios da elite local por uma concepção moderna de sociedade, comportamental e estética. Os projetos de palacete, em voga no período de sua edificação, tornaram esse aspecto social visível.
Por meio da produção do dossiê de tombamento (2021) foi possível verificar que a residência apresenta uma tipologia arquitetônica eclética, destacando a semelhança arquitetônica com o “neocolonial simplificado”, conforme classificado pelo arquiteto Carlos Lemos. Outro elemento presente na edificação é a tripartição programática independente, com características burguesas de filiação francesa, separação entre às áreas social, íntimo e serviços, contemplando a circulação através do hall (vestíbulo) e de entradas distintas, a social e a de serviços.
O Museu Casa da Memória Italiana, na tipologia de museu-casa, reúne um acervo diversificado ligado a diversos aspectos da vida privada, como mobiliário, objetos pessoais, pinturas, pequenas esculturas, utensílios domésticos, documentos e fotografias. O acervo museológico do museu foi constituído inicialmente por peças originais e autênticas, deixadas pelas últimas moradoras, as irmãs Osônia Biagi e Ângela Biagi. Atualmente o museu conta com cerca de 1.334 itens de acervo museológico.
A estrutura arquitetônica, decorativa e mobiliária original da década de 1920 compõe o patrimônio material do Museu Casa da Memória Italiana. A preservação do patrimônio arquitetônico só foi possível pela constante manutenção e cuidado que seus moradores tiveram ao utilizarem como sua residência até o ano de 2012.
O mobiliário que se encontra na casa é organizado em três grandes grupos, diferenciados pelo estilo, artesão e época que foram adquiridos. O maior conjunto foi produzido pela Fábrica de Móveis Miguel Nardella – São Paulo. Os mobiliários da Sala de Jantar e Quartos formam esse conjunto decorativo e funcional, com detalhes da marchetaria e ornamentos em metal.
O segundo conjunto de mobiliário localizado na Sala de Visita é destaque na casa pelo refinamento de realeza francesa. A influência de estilo predominante na sala é do estilo Luís XIV, com motivos ornamentais de conchas, folhas de acanto e todo o esplendor e exuberância do dourado real. Esse conjunto foi produzido pelos irmãos Gino e Renato Ghilardi, mestres da Oficina de Tapeçaria do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. O terceiro conjunto não segue um padrão de estilo, as peças foram reunidas por serem produzidas pela Fábrica de Móveis Delloiagono & Cia - Ribeirão Preto, adquiridas pela família Biagi. Trecho de texto da Casa da Memória Italiana.
Localizada na rua Tibiriçá, 776, Centro.
Nota do blog: Data 2025 / Crédito para Jaf.



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