Calçada com planta da cidade, Catedral de São Carlos Borromeu, Praça Dom José Marcondes Homem de Mello, São Carlos, São Paulo, Brasil
- Fotografia e Nostalgia

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Calçada com planta da cidade, Catedral de São Carlos Borromeu, Praça Dom José Marcondes Homem de Mello, São Carlos, São Paulo, Brasil
São Carlos - SP
Fotografia
Quando nascemos, aprendemos com nossos pais a “olhar por onde andamos”. Na Catedral de São Carlos Borromeu, esse ditado é levado ao pé da letra, já que só mesmo quem presta atenção no chão consegue identificar essa curiosidade entre as pedrinhas da calçada: um antigo mapa da cidade.
A primeira capela, consagrada a São Carlos Borromeu, foi construída pela família Arruda Botelho em 1856, eles foram os responsáveis por trazer a devoção ao santo para o interior. A partir de 1857, quando a vila foi elevada a município, a capela também foi transformada em paróquia, e foi em 7 de junho de 1908 que a pequena igreja foi elevada à catedral.
“Esse templo, essa construção, foi substituída por essa nova catedral, que foi inaugurada em 1956. A construção demorou 10 anos, porque ela começou a ser construída em 1946 e foi aberta ao público em 1956”, explicou o pároco Marcos Ghidelli.
No início da construção, nenhum mapa foi planejado pelo arquiteto Emanuel Gianni. As escadarias que hoje ocupam os arredores da catedral deveriam ser jardins, de acordo com o plano arquitetônico original.
A mudança também não constava na maquete do projeto esculpida pelo professor Enrfrid Frick em 1946, já que foi na década de 60, durante melhorias na praça, que tiveram a ideia do mapa.
“Então, o mapa que nós temos na frente da catedral, em pedrinhas portuguesas, data do início da década de 60, se eu não me engano, para ser mais exato em 1961. Eu não sei precisar, mas acredito que é um quinto do que somos hoje, não chegava a 50 mil pessoas na época em que foi construída a catedral”, conta o padre Marcos.
Mesmo sendo o principal ponto turístico da cidade, muita gente desconhece a existência desse mapa, que nos dá uma boa ideia de crescimento populacional e nos faz navegar pela história da cidade. Mas, também, há pessoas que perguntam sobre os “desenhos no chão”.
“Não é visível porque a primeira vista é da cúpula da igreja, ninguém olha para o chão, então acredito que a maioria das pessoas não saiba da existência desse mapa. E é algo importante e interessante, que registra aquilo que era a cidade há cerca de 60 anos atrás”.
Hoje, provavelmente, seria necessário todo o entorno da Catedral para desenhar o mapa da cidade devido ao seu crescimento populacional. Será que a curiosidade vai despertar o interesse da população em observá-lo? Fica o questionamento – e o aprendizado. Trecho de texto de Thayná Cunha adaptado para o blog.
Nota do blog: Data 2021 / Crédito para Thayná Cunha.



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